A gente lê

Aqui contamos para você qual é o livro que a gente anda carregando na mochila. (Porque, acima de tudo, nós do Shereland somos leitores)

A gente lê: Eleanor e Park

Agora foi minha vez de ler Eleanor e Park, de Rainbow Rowell, assim como a Gabriela (que já postou por aqui).

eleanor-e-park.jpg

Já aviso que a Gabriela gostou bem mais que eu do livro. Uma forma de resumir bem, é uma história melosa com uma protagonista chata. Em muitos momentos achei que poderia ser menos meloso, e com mais história.

Tem seus lados positivos, em que conseguiu dar um bom suspense de um dos problemas que ela estava tendo no decorrer da história, e situações engraçadas de leitura (confesso que fui pego rindo enquanto lia).

Em resumo, a Gabriela gostou e eu não gostei tanto.

E você? Já leu? O que achou?

Veja o post da Gabriela sobre o Eleanor e Park. 

Veja mais sobre o livro Eleanor e Park. 

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Gabriela 19 de Maio de 2014 às 23:24

Não entendo... Amei tanto o livro, e já é a segunda pessoa que não acha tanta graça assim nele.
Eleanor pode ser um pouco problemática, mas o Park faz valer cada linha.

A gente lê: A Invenção das Asas

invencao-asas.jpg

Li A Invenção das Asas, da escritora americana Sue Monk Kidd, livro que ganhei de presente da minha querida amiga Vanessa S2

A história é composta por capítulos cuja narração é alternada entre Sarah Grimké, rica filha de um juíz da Carolina do Sul, e Encrenca, a escrava da família Grimké.

Tudo começa quando Sarah "ganha" Encrenca no aniversário de 11 anos. Mesmo tendo ideias libertárias, Sarah percebe que o abismo entre as duas é grande demais e assim continuará no decorrer do livro que as acompanha até os 46 anos.

Eu fiquei vidrada e cheguei a me desesperar no dia em que esqueci o livro no trabalho e não pude lê-lo por mais de 24 horas. Mas só quando já estava na reta final é que fui espiar a nota da autora e descobri que Sarah Grimké é uma personagem real. Ela e sua irmã, Angelina, foram importantes abolicionistas e feministas do século XIX e causaram a ira dos conservadores americanos - foram até banidas de Charleston.

A escritora explicou - e achei genial - que a obra está baseada em um forte trabalho de pesquisa, mas o que não estava nos registros históricos foi inventado. Ou seja, o livro é o resultado de uma viagem da imaginação de Sue Monk Kidd sobre como uma garota se tornou uma revolucionária.

Já a querida Encrenca (que é mil vezes mais legal que Sarah) é fictícia, apesar de alguns personagens com os quais se relacionava, como o super Dinamarca Vesey (de longe o meu favorito), tenham sido reais.

vida-secreta-abelhas.jpg

Resumindo: o livro é extremamente cativante, além de dar um bom panorama sobre a sociedade escravocrata americana, o processo de abolicionimo, as diferenças entre norte e sul, etc. E aposto com vocês: daqui a pouco deve virar filme (o sucesso O Segredo das Abelhas da imagem ao lado é da mesma autora).

Vanzita, adorei!

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A gente lê: A Vida, o Universo e Tudo Mais

vida-universo-tudo-mais.pngArthur Dent, um dos dois únicos humanos existentes no mundo depois da destruição da Terra, está há anos isolado num pântano. Então uma nave espacial estaciona e um alienígena chiquérrimo desce dela. O terráqueo acha que essa será a salvação, mas seu novo "amigo" simplesmente diz "Você é um idiota" e desaparece no espaço para sempre.

Pois é essa a primeira cena de A Vida, o Universo e Tudo Mais, o terceiro volume da série O Mochileiro das Galáxias, escrita por Douglas Adams. Como vocês sabem, estou achando a coleção inteira engraçadíssima e até a incluí na minha lista de 10 livros (e afins) que vão deixar você mais feliz.

No entanto, além de manter o humor, achei que essa edição foi a mais enredada até agora. Explico: O Guia do Mochileiro das Galáxias e O Restaurante do Fim do Universo eram formados por uma sucessão de episódios cômicos e improváveis, mas quase que desconexos entre si. Já A Vida, O Universo e Tudo Mais é composto por uma aventura geral: Arthur e companhia precisam impedir que os habitantes do planeta Krikkit destruam tudo. Claro que isso permeado com altas viagens pelo tempo e espaço. 

Algumas observações:

  • Se você é fã do ex-presidente Zaphod Beeblebrox, saiba que ele fica apagadinho nesse livro;
  • Se você é fã do robô deprê Marvin, ele também mal aparece neste volume;
  • Quando ler O Restaurante do Fim do Universo, atente-se ao personagem Slartibartfast (o velhinho que fez os fiordes da Noruega). Ele será importante aqui.
Bom, com mais um "episódio" encerrado, vou intercalar os dois últimos livros da série com outras leituras. Minha meta é ter fechado todos em junho.

Leia os posts anteriores sobre O Guia do Mochileiro das Galáxias  e O Restaurante do Fim do Universo .

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Praticamente Inofensiva

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A gente lê: Crônica de Uma Morte Anunciada

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"No dia em que o matariam, Santiago Nasar levantou-se às 5h30 da manhã para esperar o navio em que chegava o bispo."

Pois é, a primeira frase do livro já conta qual será o acontecimento essencial da obra inteira: o assassinato de um homem. 

Mas a graça toda consiste na reconstituição dos fatos feita pelo amigo de Santiago, inconformado por que o crime não foi impedido. 

A cidade toda sabia que os gêmeos Vicário aguardavam o moço à porta de sua casa e, aliás, os próprios justiceiros estavam loucos para serem parados. Mas por que Santiago morreu ainda assim? Como em todas as obras de Gabo, ele responderá aos acontecimentos mais estranhos com uma só palavra: coincidência.

 Quase como um relato jornalístico ("quase" porque é feito na primeira pessoa), o narrador vai dizendo o que cada uma das testemunhas (e algumas nem tanto) do crime diz ter visto.

Talvez (eu disse talvez!) seja o meu livro favorito de García Márquez lido até agora (e olha que eu já tinha afirmado minha predileção por O Amor Nos Tempos do Cólera em outro post).

Vamos lá pessoal, o livro é bem fininho (156 páginas com uma fonte enorme). Dá para começar e terminar ainda nesta noite de sexta :)

Leia mais:

Biografia em HQ de Gabo está chegando ao Brasil 


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A gente lê: Mrs. Dalloway

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Quando estava no primeiro ano da faculdade, lembro-me de um colega de sala relatar diversas vezes sua agonia ao tentar ler Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf, e não conseguir passar da primeira página do livro, tamanha a dificuldade da leitura.

Isso me deu uma grande curiosidade de ler a obra, ao mesmo tempo em que passei a ter um medo danado de Virginia Woolf.

Já no último ano do meu curso, entrei numa livraria e vi uma edição em promoção dos Contos Completos da escritora inglesa (o livro vermelhinho da foto ao lado). Achei então a oportunidade perfeita para ingressar nesse universo, já que as histórias curtas me acostumaram em doses homeopáticas às peculiaridades de Virginia. Aprendi a amá-la!

Ainda assim, adiei o máximo meu encontro com Mrs Dalloway, até que ele se tornou inevitável: ganhei uma edição linda de presente de aniversário S2

E aí, foi isso... Tudo o que posso dizer foi que passei da primeira página :) Não é que a autora seja difícil. Mas talvez ajude saber que Virginia não é uma contadora de histórias, mas, sim, de pensamentos. O que, para mim, é sublime. Meu lindo livrinho está todo marcado com adesivos, porque cada frase é uma pérola.

"Não dá para ter filhos em um mundo assim. Não dá para perpetuar o sofrimento, ou multiplicar a raça dessas criaturas lascivas, que não têm emoções duradouras, mas apenas caprichos e vaidades, que as arrastam ora para um lado, ora para outro"

Ao meu ver, o trecho acima, tirado do próprio livro, resume a autora: uma tradutora da volatilidade da consciência.

Bom, se forem se aventurar, indico essas belas edições de Mrs.Dalloway e Contos Completos da Cosac Naify. São de capa dura, a diagramação é linda, tem fotos e uma bibliografia maravilha. Mrs. Dalloway ainda tem uma análise do argentino Alan Pauls (mas que não gostei muito).

virginia2.jpg

Ufa, que orgulho de ter concluído essas! O próximo passo é devorar o box da Editora Nova Fronteira que ganhei de uma amiga.


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