O testamento de Maria

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, Colm Tóibín, nome central na literatura contemporânea, assume o ponto de vista da mãe de Jesus Cristo e põe em xeque alguns dos pilares da cultura Ocidental.

No exílio na cidade de Éfeso, amedrontada, Maria tenta lembrar os eventos que culminaram na morte brutal de seu filho - os mesmos eventos que se transformaram na narrativa do Novo Testamento e na fundação da religião católica.

No entender do autor, Maria não pediu a Jesus que transformasse água em vinho nas bodas de Caná: ela só foi até a celebração para convencê-lo a voltar para casa. Mais ainda: ela fugiu do local da crucificação antes que seu filho estivesse de fato morto. Seu medo e desejo de proteção falaram mais alto que o sofrimento pelo destino do filho. “A dor”, ela diz, “era dele, não minha.”

O autor não endossa a crença católica de que Maria era virgem, veículo de uma gravidez de origem mágica. Ele a traz para o cotidiano e tenta compreendê-la como uma figura humana complexa, sujeita às fraquezas terrenas.

Com ousadia e brilhantismo, Tóibín compõe uma narrativa que preserva a dignidade da mãe de Cristo sem conceder à mitologia em torno dela.