Gilberto bem perto

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Descrição da Amazon

Músico, compositor, cantor, político, militante, Gilberto Gil carrega para onde vai todas as suas marcas, todos os seus perfis. O artista e o homem festejado no Brasil e admirado em todo o mundo é um sujeito zen, confessional, romântico, inclinado para a filosofia oriental. Nunca fez psicanálise porque, como diz, “a própria vida, os filhos, a morte de um deles, os casamentos, os atalhos e desatalhos, os fazeres e desfazeres” lhe deram mais paciência com a vida e a capacidade de tolerar as adversidades. Domina seus demônios e mantém o equilíbrio meditando ou fazendo ioga e exercícios, não importa onde esteja.

Suas origens, a consagração como grande músico, os amores, os dilemas existenciais, o bordado de que é feita sua vida... tudo está alinhavado nesta biografia, escrita quando Gil já ultrapassa sete décadas de estrada e fruto do desejo de expor, pela primeira vez, sua história em detalhes.

É comum dizer que Gil é polivalente. Ele gosta do palco, tem energia, é extrovertido e comunicativo. Já foi de Luiz Gonzaga aos Beatles, de João Gilberto a Jimi Hendrix, dos Pífanos de Caruaru ao Tropicalismo. Já gravou Stevie Wonder, Bob Marley, Dorival Caymmi, Jackson do Pandeiro. Mas também gosta do silêncio, de ficar sozinho, tocando violão em seu quarto, pensando, olhando para o teto.

A emoção corre solta nas suas veias. Os olhos se enchem d’água com facilidade. “Eu funciono do pescoço para baixo”, repete. Sua abertura para as coisas do mundo é invejável. Gosta de repetir que o justo meio está na igual possibilidade dos dois extremos. Compor é condição vital: “Minha música é minha meditação religiosa, filosófica, existencial e ético-moral”. Gil entrou nos setenta anos mais calmo, sem grandes ansiedades e, como diz, mais suave na relação com o mundo e no que diz respeito às ideias, aos pensamentos e sentimentos. “A conformidade conforme a idade.”

Os leitores desta biografia verão que Gil é intenso e tem várias faces. É um mar em movimento, com todas as correntes, cores, temperaturas, calmarias e tempestades, transparências e escuridão. E, como ele mesmo diz na canção, todo mar é um.

— Caetano Veloso

— Jorge Mautner

— José Miguel Wisnik

— Fernanda Torres

— Hermano Vianna