Choque de democracia - Razões da Revolta (Breve Companhia)

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Junho de 2013. A data já entrou para a história. Assim como 1992 marca o impeachment de Fernando Collor e 1984 o movimento pelas eleições Diretas, 2013 já está identificado com o maior levante popular no Brasil desde a redemocratização – e talvez de toda a história do país.

No calor dos acontecimentos, que ainda se fazem sentir por todos os cantos, uma série de análises tem surgido nos jornais, na televisão, nas redes sociais. Nenhuma, contudo, com a abrangência que se vê em

, de Marcos Nobre.

Este é o primeiro trabalho a olhar em profundidade para o fenômeno e associá-lo à narrativa da história brasileira desde o fim do Regime Militar. Um dos principais observadores da conjuntura brasileira, Nobre atribui a revolta popular a um impasse em curso desde o fim dos anos 1970.

Os protestos, segundo ele, são uma resposta à cultura política do “pemedebismo”, definido como uma blindagem do sistema político que represa as forças de transformação. Em nome da “governabilidade”, foi se criando no país um ambiente em que não existem situação e oposição, mas uma massa homogênea, amorfa e indistinta que fecha todos os canais possíveis de representação. As revoltas de 2013 são uma oportunidade de alterar esse cenário.

Com didatismo, capacidade de síntese notável e densidade teórica, este ensaio traz uma contribuição decisiva para o debate sobre os rumos da democracia brasileira.

Marcos Nobre é professor de Filosofia no IFCH-Unicamp e pesquisador do Cebrap. É autor de

(Iluminuras, 1998) e

(Zahar, 2004), entre outros livros.