Mobilidade urbana - O que você precisa saber (Breve Companhia)

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O resultado de uma discussão pública, na década de 1950, entre o ex-prefeito de São Paulo Prestes Maia, que defendia o modelo de mobilidade americano, e o urbanista Anhaia Melo, que acreditava na ampliação do transporte coletivo, explica a origem do caos viário que São Paulo vive hoje. A implantação das ideias de Prestes Maia nas décadas seguintes fez da capital paulista uma das cidades com os piores índices de mobilidade do país. Os incentivos ao transporte individual em detrimento do transporte público, o status que o automóvel conferia (e ainda confere) aos seus proprietários, o apoio da classe média a esse modelo e, como consequência, também dos políticos, que em busca de votos associaram o progresso da cidade a um gigante e ininterrupto canteiro de obras, fizeram do automóvel o rei das ruas.

Neste artigo, Eduardo Alcântara de Vasconcellos discute os temas que estão sendo debatidos intensamente pela população, especialmente depois das recentes manifestações que levaram milhares de pessoas às ruas. Entre os temas escolhidos estão a real eficiência da implantação das ciclovias em uma cidade como São Paulo, a polêmica tarifa zero, o que deu errado (e o que deu certo) nos corredores de ônibus, a necessidade do transporte noturno para responder à demanda de quem deixa o carro em casa. O autor também questiona a eficiência da carona programada e as medidas de restrição ao trânsito como o pedágio urbano.

Entre os mitos da mobilidade urbana, o idealismo e o pragmatismo dos números este ensaio mostra que embora o desafio de mudar essa engrenagem velha e ineficiente seja enorme, nunca o clima foi tão favorável a essas mudanças.

Eduardo Alcântara Vasconcellos é engenheiro, sociólogo e doutor em Ciência Política (políticas públicas). É assessor da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) e Diretor do Instituto Movimento. Seu livro

(Editora Senac) foi indicado para o prêmio Jabuti 2013.