Amar, verbo intransitivo - Idílio

Amar, verbo intransitivo - Idílio

Ano de publicação

1927

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Mário de Andrade causou escândalo na década de 1920 ao publicar este livro. Conta a história de Elsa, uma governanta alemã contratada por um membro da burguesia industrial paulistana para iniciar sexualmente seu filho adolescente.

A partir do momento em que entra na casa dos Souza Costa, Fräulein – como todos a chamavam – conquista rapidamente a família, mas não se acostuma com a cultura dos novos-ricos brasileiros.

A protagonista do romance é um ser humano dividido entre razão e emoção. O lado racional da governanta busca justificativas para a profissão de professora de amor, mas é o lado emocional que a faz se entregar à tarefa: ela alimenta a esperança de voltar para a Alemanha – que abandonara depois da Primeira Guerra Mundial – e se casar com o homem dos seus sonhos.

Classificado pelo autor como “idílio” – texto leve sobre o amor –, o livro fala da iniciação sexual de um adolescente com ironia, numa narrativa experimental para a época. As cenas são separadas graficamente, como cortes cinematográficos. O narrador é um personagem como todos os outros, alter ego do autor: utiliza metáforas musicais, discorre sobre teorias literárias, faz crítica de arte, numa linguagem que Mário chama de “brasileira”: coloquial, repleta de palavras e expressões do cotidiano de todo o país.

Publicado em 1927, completou oitenta anos, contrariando o prognóstico do autor de que escrevia algo enraizado numa época, sem chances de interessar ao Brasil do futuro.

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Por Gabriela

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